domingo, 14 de novembro de 2010

Neuf

O Livro (Parte VII)

 . . . Corpos pendurados pelo pescoço ao redor, totalmente necrosados, com ferimentos graves e um intenso respirar se ouvia, assim como a voz que dizia:
- Bem vindo a minha casa Lothair, eu estava te esperando . . .
- Quem é você?! Cadê minha filha?! Aparece se for digno de viver - Replicou o homem em tons de ira.
Uma lâmpada em meio ao pátio, situada no teto, acendeu de forma pouco reluzente, quase sem mais forças para uma simples iluminação. Lothair viu um ser pendurado, com o corpo fortemente esticado por arames farpados, presos as mãos, pés e a cabeça, no pescoço um livro era usado de colar, se encontrava ao alto e assim o estranho disse:
- É bom você melhorar esse seu humor ou vai acabar morrendo, inútil . . . São tantas perguntas que sua mente me faz, você tem perguntas que talvez já saiba, que ainda não sabe, que vai saber e outras que talvez responderei ou não . . .
- Isso é real? - Lothair retrucava.
 - Hahahaha . . . Lothair com tantas outras perguntas escolheu justo a mais ridícula? Vamos la você consegue coisa melhor . . . Mas enfim, realidade é só uma questão de ponto de vista -  O ser num sorriso sarcástico respondeu.
- O que quer dizer? - Lothair
- Você saberá . . . Ah e por gentileza me chame de Apoll.
- Apoll, cadê minha família?! Pra onde eu vou?! - Alterava a voz para tons mais graves e fortes.
- Então quer saber de coisas a frente? Simples como o futuro? É só uma questão de escolha, não depende de minhas palavras, mas cuidado, preste bem atenção no que minhas escolhas resultaram.
- O que é esse livro em seu pescoço?
- Sua ajuda . . . Ou será que estou mentindo?
- Me fala a verdade! Seu verme! - Lothair grita, caindo e apoiando sobre o joelho esquerdo por sentir muita dor em sua cabeça.
- Você está muito bravinho, não acha? Esse livro é necessidade sua, se quiser ver sua maldita família novamente ou se desejar pode viver sem eles . . . Mas não vou te dar, porque você só da valor as pequenas coisas quando as perde!
- Me de a droga desse livro agora! . . . - Sua voz cada vez mais pausada, com tão imensa dor.
- Ah . . . Mas já está com dor? É um homem muito fraco mesmo! Deixa ele sair Lothair, eu quero brincar com ele . . . Hahahaha!
Apoll levantava a cabeça, gargalhando em alto tom, puxando o arame que ligava seu crânio ao chão, como uma corrente e de seu corpo escorria muito sangue caindo sobre o "rio". Lothair começara a rir com ele, se levantou com a cabeça baixa, via-se um olhar diferenciado, o gargalhar do ser pendurado cessara e com um sorriso dizia:
- Então? Se sente melhor? Mais vivo?
Lothair parecendo não ser mais o mesmo caminhou em direção ao estranho que continuava:
- Vem brincar, foi um prazer revelo, mas acho que não vai ter uma segunda vez, não é?
- A brincadeira acabou . . . - Lothair retrucou olhando para ele.
O rapaz agarrou o arame em frente e puxou-o com toda a força, dilacerando a cabeça de Apoll assim como sua mão, que ficara muito machucada, os cortes deformaram completamente o ser, o sangue que caia escorria sobre o rosto de Lothair, não por muito tempo o livro também caíra e fora recolhido pelo mesmo.
Vasculhou salas e salas, mas nada encontrara, quando chegou na diretoria, quebrou os armários, rasgou os papéis e por fim achou uma arma carregada em baixo de uma das mesas, guardou-a e saiu da escola. Abriu a obra com folhas em branco, a não ser a 1ª que se lia "1- Magasin de jouets" (Loja de brinquedos).
Belle tirou o cadáver de cima dela, vasculhando os bolsos do rapaz, mas nada descobrira de interessante, saíra da loja e então . . .

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