sábado, 9 de abril de 2011

Neuf


La Grande Finale (Parte XXIII)

- Por que eu não existo! Você tem uma chave que lhe entreguei, abra o baú que sua mulher guardava, coloquei-o sobre a mesa . . .
Lothair se dirigiu ao objeto abrindo-o e retirou de dentro fichar médicas com o seu nome, declarando-o perigoso com distúrbios mentais. Daphné ao ver a indignação do homem, diz:
- Não existe nenhum Crossy, não é? Agora você entende?
- Mas eu o vi matando pessoas! Por que ele não existe?
- Porque ele é você! Sua outra personalidade . . . - Retrucou a menina.
- Não é possível . . . Como isso tudo aconteceu?
- Vou tentar te explicar. Tudo o que viveu aqui faz parte de sua vida, talvez não em ordem correta. Você tinha uma amiga que te amava, mas ela odiava sua mulher e filha, quando a mesma descobriu o seus remédios, resolveu troca-los por sentir imenso ódio, foi nesse momento que Crossy tomou conta de sua mente e tudo o que passou e viu nesse seu mundo fora criado por ele, como um pesadelo eterno. Fazendo com que traísse sua mulher, que após descobrir se afundou na bebida e conheceu meu pai que a engravidou. Teve a mim como filha, mas você não ia mais para a casa. Conviveu por mais de um ano com Shame que odiava sua filha. Quando cresci me tornei amiga de Belle, mas na escola o inspetor a iludia, violentando menores e quando Crossy ou como queira se chamar, ficou sabendo e provocou o suicídio do inspetor. Num dia quando cheguei em casa você estava agredindo meu pai, bruscamente, depois de ter descoberto a verdade. Matou ele, a mim e muitas outras pessoas. Tudo foi distorcido de forma macabra, criando o mundo perfeito de Crossy e seu pior pesadelo.
- E o que aconteceu depois? Minha familia esta morta? Eu estou morto? - Indagava Lothair.
- Suba as escadas e vá até seu quarto. - Retrucou a menina.
Ao chegarem no andar de cima Lothair viu seu corpo sobre a cama, com maquinas e tubos ajudando-o a sobreviver. Sua mulher e filha estavam ao lado da cama, chorando e esperançosas de que um dia Lothair voltasse ao normal.
O rapaz tentou abraçar sua familia mas todo ato era em vão, pois seu corpo atravessava como vento por elas e então ele disse:
- Por que? Por que estou ali? O que foi que eu fiz?
- Sua outra personalidade te odiava e depois de me matar você foi as pressas até seu carro e tentou se matar . . . E agora você esta ali.
- Por que você me ajuda?
- Você não é culpado, preciso te ajudar . . .
 De repente Crossy joga a menina escadaria abaixo, dando uma risada sarcástica e disse:
- Ela tinha mesmo que morrer, era só mais um verme em sua vida.
- O que você fez comigo? - Perguntava Lothair.
- Não é uma história comovente? Pra ser sincero quase chorei no final, mas ela esqueceu de dizer que tramei um roubo no seu próprio emprego entre outras coisas mais . . . Hahahaha . . .
- Você quer me destruir? Esse é seu objetivo?
- Sim e não! Na verdade eu ja fiz isso. Só quero dominar sua mente por inteiro e terminar minha história . . .
- Nunca . . .
- E quem irá me impedir, você?
- Você não vai machucar mais ninguem, prometi que você iria morrer e vou cumprir!
Lothair sacou a arma novamente, apontou para Crossy, que disse:
- Sabe que não vai funcionar, verme!
- HAHAHA . . . . Quem disse que a ultima bala é para você? Agora vamos jogar o meu jogo!
Lothair coloca a arma sobre a própria cabeça e olhando fixamente para Crossy pronunciou suas ultimas palavras, com um sorriso sarcástico:
- Te vejo no inferno, verme!
Lothair puxa o gatilho fazendo com que a arma disparasse a ultima bala, a qual atravessou sua cabeça e caiu no chão.
Marry e Belle sentem o ultimo suspiro sair dos pulmões de Lothair, fazendo com que o coração parasse junto com as maquinas que o sustentavam, sendo assim o final de seu pesadelo.

Fim . . .

                                                                                                          RmLO

Neuf


O grande truque (Parte XXII)

- Você não pode me matar, eu já disse! . . .
Crossy sumira de sua frente e todo o cenário começara a desmoronar, os movimentos eram rápidos e por não conseguir mais ver o que estava acontecendo, Lothair fechou os olhos e caiu de joelhos, tampando os ouvidos, sua cabeça lateja de tão imensa dor que sentira, mas brevemente tudo quietou-se e o livro que carregava caiu no chão, folheando até a 9ª e ultima página, mas não tinha nada escrito. Quando olhou para os lados viu que estava em sua casa e tudo estava normal, da forma que recordava, imagens registradas em sua mente. Colocou a mão machucada sobre a folha e seu sangue escorreu tornando-a espelhada com o número nove (Neuf) situado ao meio e ao ver a situação ele indagou:
- O que quer agora? O que quer que eu faça? Me diga seu livro inútil! Onde eu estou? Por que estou aqui?
O reflexo de Crossy apareceu na folha e Lothair sentiu a mão do rapaz sobre seu ombro, ouvindo o que Crossy sussurrava ao seu ouvido:
- Você esta em casa Lothair . . . Preste atenção no livro, o que você vê?
- Eu me vejo! . . . - Retrucou Lothair.
- Então chegou a hora de saber a verdade sobre você!
- Me diz quem é você realmente!? - Diz Lothair se afastando do rapaz.
- Quer mesmo saber?
- Quero!
- Acho que você não percebeu o que existe entre você e eu, não é?
- Eu não tenho nada com você!
- Lothair preste atenção ao universo que passa ao seu redor . . . Olha para seu reflexo . . .
- Eu não entendo.
Uma menina adentra na casa de Lothair, parando a conversa, Lothair olha para aquele ser e a reconhece. Crossy se afasta e a menina vai em direção à Lothair que pergunta seu nome e a mesma responde:
- Prazer em vê-lo novamente Lothair, meu nome é Daphné . . .
- O que faz aqui? - Retruca Lothair.
- Vim esclarecer sua vida . . .
- Pra mim esta tudo muito confuso! Onde eu estou?
- Você esta em sua própria mente, vivendo de lembranças . . .
- É um inferno! . . .
- Não Lothair é pior do que isso, é a sua vida!
Lothair se afasta da menina, encostando em um canto e continua suas perguntas:
- Por que Crossy te matou? Por que matou minha familia? Quem é ele? - Apontando para Crossy.
- Aonde? Quem? - Diz a menina olhando em direção ao canto apontado.
- Você é estúpido Lothair! Ela não consegue me ver . . . - Diz Crossy.
- Por que? . . .

Neuf


Jogando conforme as regras (Parte XXI)


- Surpreso? -Dizia o homem crucificado com um sorriso no rosto.
- Não é possível! - Exclamava Lothair.
- Não mesmo . . . Hahaha . . . E achou que se livraria fácil de mim? Achou errado verme! Esta feliz em rever sua familia que eu mesmo fiz questão de separar!?
- Crossy! Você é um homem morto! - Retrucou Lothair
-Nunca . . .
Lothair sacou a arma e disparou duas balas que atravessaram a cabeça de Crossy que sorriu e disse:
- Você continua patético Lothair, acha que vai me matar? Vai ter que fazer melhor que isso . . . Esse mundo é meu! Vai ter que jogar o meu jogo!
Crossy fechou os olhos e sentiu o sangue escorrer pelo rosto, lambendo o canto de sua boca, degustando o momento.
Lothair verifica as balas restantes na arma e vê somente uma ultima tentativa, aponta novamente à Crossy que indaga:
- Vamos lá Lothair, você não é burro o suficiente é? Sabe que não vai funcionar . . . Quer desperdiçar sua ultima bala comigo? Você caiu no meu conceito, era mais esperto . . . As pessoas não mudam, não é?
De repente um carro entra pelo fundo da igreja, quebrando o altar, as paredes e os bancos indo em direção à Lothair, o mesmo esquiva do acidente onde o carro acerta a porta, levando sua mulher e filha para fora da igreja, Lothair rapidamente corre para verificar se sua familia estava bem, mas Marry e Belle foram atropeladas e tiveram seus corpos arrastados pela estrada.
Crossy de forma inexplicável aparecera caminhando em direção aos corpos. Agachando e lambendo o sangue que escorria sobre o rosto de Belle e o mesmo disse:
- Coitada, morreu tão jovem . . . Trágico, não acha?
Lothair sentiu seu sangue ferver, correu em direção ao homem e pressionou-o contra uma parede, de seus olhos escorriam lágrimas sentindo muita raiva em seu coração, sua mão espremia a garganta de Crossy que com dificuldade dizia:
- Não pode me matar . . .
- Escuta bem o que vou lhe dizer maldito! Eu vou te matar, isso não é um aviso é uma promessa! . . .

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Neuf


Reencontro ao acaso (Parte XX)

. . . "Crossy". Lothair largou o diário que caiu sobre o chão, desceu as escadas, procurou o livro que havia guardado e na oitava página estava escrito "8- Église" (Igreja). O mesmo rapidamente fechou o livro, saiu pela porta, olhou para cima e disse:
-Eu vou te matar desgraçado!
Marry saiu do local guiada por sua intuição. Não demora a chegar, encosta em uma das paredes e sente um forte abraço em sua perna. Ao ver que era Belle, Marry abaixa e chora de alegria por reencontrar sua filha. Belle abraça fortemente sua mãe e diz:
-Não quero mais te perder mamãe . . . Promete que nunca mais vai me deixar! . . .
-Prometo filha . . . Vai ficar tudo bem . . . Eu te amo. -As palavras ditas pausadamente pela mulher fora interrompida por lágrimas que carregavam o peso consciência.
Mãe e filha se abraçam com um forte sentimento que as unem. Marry enxuga as lágrimas de Belle e as suas também, ajeitando o cabelo da menina.
Belle começa a contar sua trajetória até o lugar que estavam para sua mãe e vice-versa. As duas se sentem observado por uma outra pessoa e Belle ao avistar quem estava por lá, diz:
-Papai? É você?
-Sim sou eu. -Diz Lothair com lágrimas nos olhos.
Lothair sente Marry e Belle com os corpos muito gelados e tenta aquece-las, mas todo o ato é em vão.
Os três reunidos na unica igreja da cidade, onde Lothair e Marry se casaram e batizaram Belle, enfim onde sua vida familiar havia começado.
Depois de muita conversa e afago entre a família eles resolvem entrar no local. Por uma decisão tomada por Lothair que abre a grande porta da igreja. Ao entrarem ficaram assustados ao ver as cadeiras, janelas, os castiçais, o chão e o resto que por lá estavam quebrados, um desastre total, mas nada era mais marcante do que o homem crucificado sobre a gigante cruz colocada de forma contrária em meio ao altar. O rapaz estava todo ensanguentado, com pregos presos ao corpo e arame que envolvia sua cabeça. Os olhos de Lothair não acreditavam no que viam. A respiração aumentara drasticamente como a batida de seu coração, suava frio e protegia sua familia com os braços, empurrando-as para traz. A unica pergunta que saia de sua boca era:
-Você? . . .

Neuf


Diário de Daphné (Parte XIX)

. . .  O pressiona conta a mesma, quebrando-a, fazendo com que Crossy seja arremessado para fora. Lothair se dirige a ponta dos estilhaços, olhando para aonde Crossy foi lançado, mas nenhum corpo estava lá. Lothair enxuga na manga da camisa o sangue que escorre em seu rosto, revista a cama de Daphné e encontra o diário; o destranca e folheia-o. Repara que algumas folhas foram arrancadas, mas mesmo em estado degradável começou a ler. Lembrando de sua filha que encontrara e lera primeira parte. A continuação da leitura se seguiu:
" . . . Um homem estava puxando meu pai pela gola da camisa, interrogando-o bruscamente. Eu parei na porta e assisti a todos os detalhes, comecei a chorar. As cenas rasgavam meu coração ao entrar violentamente pelas pupilas de meus olhos, engolia o choro como vidro, sentindo meu pulmão sendo rasgado ao tentar respirar. Ver meu pai sangrar foi meu pior sentimento . . ."
A seguir se encontrava rabiscos e desenhos de toda a cena descrita, passado muitas páginas até que continuasse a escrita. Lothair por curiosidade leu o resto do acontecido com dificuldade, pois o sentimento da menina agora tomara conta de si.
" . . . O homem parou, olhou para o meu pai e questionou:
-Quem é essa?
-Minha filha . . .
-É melhor tirá-la daqui . . .
-Por favor não machuque-a . . .
O rapaz puxou meus cabelos, colocou meu rosto a frente de meu pai e perguntou:
-Sabe o que ele fez?
-Não sei Senhor . . .
-Seu pai não passa de um verme!
Me arremessou à parede e esmurrou meu pai violentamente, assim meu pai morreu. Enquanto via a cena que me queimava por dentro.
Como uma forma de me ajudarem, se eu não sobreviver, escrevo essas partes com o diário em minha mão, vendo meu pai morrer. Eu clamo por ajuda . . ."
Manchas de sangue cobriam o resto das folhas e no ultimo pedaço de papel estava escrito com sangue o nome . . .

Neuf


Desavenças de um segredo (Parte XVIII)

. . . O que você quer!? -Lothair se expressa com raiva nos olhos.
-Calma Lothair, eu posso explicar . . .
-Eu cansei de suas explicações e cansei da sua ajuda, me cansei de você!!! Me deixa em paz, só quero minha família de volta.
-Depois de tudo o que passamos e de todos os meus atos tentando te ajudar você ainda me critica?!
-Não acredite nele Lothair, ele é louco! -Sr. Dansye interrompendo a discussão.
-E o que me traz aqui? -Indagava Lothair.
-O Sr. Dansye ficava com sua mulher enquanto você estava ocupado com seu trabalho de merda! Nunca ganhou um salário decente e eu te ajudei! Eles tinham um caso Lothair . . . Me da nojo ver um homem como ele, amarrei-o aqui para você se vingar ou eu mesmo vou fazer seu trabalho. -Crossy explicando a situação.
-É verdade Sr. Dansye? -Perguntava Lothair.
-É sim . . .
As palavras de Dansye foram interrompidas por um soco em seu rosto, golpeado por Crossy, fazendo seus lábios sangrarem e Crossy exclamou:
-E o verme ainda tem coragem de assumir!
-Camla Crossy, ja vi sangue demais em um dia. -Lothair segurando o rapaz.
De repente um vento forte entra pela janela derrubando o livro da mão de Lothair e as folhas se movimentaram parando na página sete, onde lia-se "7- Diário de Daphné". Rapidamente ele recupera o objeto do chão e pergunta ao Sr. Dansye:
-Onde se encontra o diário de sua filha?
-Está no quarto embaixo da cama, mas é melhor estar longe de seu amigo . . .
-Cala boca verme!
-Assim Crossy acerta novamente o rosto de Dansye, deslocando a mandíbula, deixando-o desacordado. Lothair olha para Crossy e se afasta, subindo até o quarto da menina. Ao achar o aposento Crossy puxa o braço de Lothair dando um aviso:
-Acho melhor não fazer isso . . .
-Não me enche Crossy! Se afaste de mim!
Crossy e Lothair iniciam uma briga. Depois de muitos golpes os dois se encontram extremamente machucados, levando Lothair apoiar Crossy a uma grande janela e então . . .

Neuf


Sangue de um pesadelo reencarnado (Parte XVII)

 . . . Crossy com a cólera correndo pelas veias agarrou todos os arcos restantes presos ao corpo do rapaz e o impulsionou com o pé, utilizando toda a sua força, fazendo com que caísse sobre o sangue derramado, com o tórax todo aberto. Crossy continuou a procuro da gaveta, retirando-as bruscamente, até que encontrou uma chave dentro de uma delas, retirou-a e seguiu até Lothair dizendo:
-Era a unica coisa que tinha . . . Não tem mais onde procurar . . . Então vamos? -Colocando a mão sobre o ombro de Lothair e pronunciando tudo em voz muito calma.
-Não! é melhor eu seguir sozinho . . . -Lothair respondia pegando o objeto e tirando a mãe de Crossy sobre si.
-Impossivel . . . -Era a ultima palavra que Crossy disse antes que Lothair deixasse o local.
Ao sair do banco Lothair recordou que o nome "Dallas" lhe soava familiar, poderia ser o nome do segurança principal do banco onde trabalhava, puxando por sua mente.
Continuando a procura de sua família abriu o livro na página seis e lá estava escrito "6- La rue Singily nº09" (Rua Singily nº09). Ao ler o inesperado, Lothair se lembrou de quando chegou a cidade e do bilhete que Marry encontrara. Ao abaixar a cabeça reparou que havia um rastro de sangue que se estendia ao longo da caminhada e que por fim acabava na rua almejada. Lothair procurou o número da casa e ao avistá-la recordou que Daphné e seu pai moravam nessa residência; adentrou ao local, completamente escuro, e ao acender a luz, que por si era muito fraca, avistou em meio a uma neblina que tomava conta do local o Senhor Dansye, pai de Daphné, preso a uma cadeira completamente ensanguentado, respirando aflitamente junto a um pedido de ajuda. Ao lado de Dansye encontrava-se em pé Crossy com um sorriso sarcástico para Lothair e o questionou:
-Prazer revê-lo Lothair! E então? Podemos conversar um pouco agora?