Diário de Daphné (Parte XIX)
. . . O pressiona conta a mesma, quebrando-a, fazendo com que Crossy seja arremessado para fora. Lothair se dirige a ponta dos estilhaços, olhando para aonde Crossy foi lançado, mas nenhum corpo estava lá. Lothair enxuga na manga da camisa o sangue que escorre em seu rosto, revista a cama de Daphné e encontra o diário; o destranca e folheia-o. Repara que algumas folhas foram arrancadas, mas mesmo em estado degradável começou a ler. Lembrando de sua filha que encontrara e lera primeira parte. A continuação da leitura se seguiu:
" . . . Um homem estava puxando meu pai pela gola da camisa, interrogando-o bruscamente. Eu parei na porta e assisti a todos os detalhes, comecei a chorar. As cenas rasgavam meu coração ao entrar violentamente pelas pupilas de meus olhos, engolia o choro como vidro, sentindo meu pulmão sendo rasgado ao tentar respirar. Ver meu pai sangrar foi meu pior sentimento . . ."
A seguir se encontrava rabiscos e desenhos de toda a cena descrita, passado muitas páginas até que continuasse a escrita. Lothair por curiosidade leu o resto do acontecido com dificuldade, pois o sentimento da menina agora tomara conta de si.
" . . . O homem parou, olhou para o meu pai e questionou:
-Quem é essa?
-Minha filha . . .
-É melhor tirá-la daqui . . .
-Por favor não machuque-a . . .
O rapaz puxou meus cabelos, colocou meu rosto a frente de meu pai e perguntou:
-Sabe o que ele fez?
-Não sei Senhor . . .
-Seu pai não passa de um verme!
Me arremessou à parede e esmurrou meu pai violentamente, assim meu pai morreu. Enquanto via a cena que me queimava por dentro.
Como uma forma de me ajudarem, se eu não sobreviver, escrevo essas partes com o diário em minha mão, vendo meu pai morrer. Eu clamo por ajuda . . ."
Manchas de sangue cobriam o resto das folhas e no ultimo pedaço de papel estava escrito com sangue o nome . . .
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