Separação ( Parte IV )
. . . O grito de Belle soava agressivamente. Lothair não sentira mais sua esposa e filha por perto, desesperado procurou em toda a residência, cantos e cômodos foram verificados obsessivamente, o homem se pos a lacrimejar, parou por esta exausto, sentiu um dor em seu peito, ajoelhou-se e de seu rosto escorriam os piores sentimentos de perda. Clamava pelo nome delas, o ar rasgava a garganta, não conseguira parar tal sofrimento, mas alguem lhe abraçou com muito afago e cochichava:
- Por que choras meu bom homem? Seria apenas pelas duas meretrizes que ama? Não se preocupe eu estou com você agora e sou grata por me visitar nessa imensidão . . .
O dizer fora interrompido pelo impacto impulsionado com a raiva, jogando contra a parede a garota que encontrara naquele canto. Refletia qual era a intenção de tal crueldade, por ver a felicidade no rosto dela, levou a perguntar:
- Então é isso?! Quer me machucar tirando minha família de perto de mim?! Por que fez isso?!
Resposta era dada com risadas de alegria e sarcasmo:
- Ué Lothair?! Haha . . . Não quer mais brincar comigo?! Você continua o mesmo velho rude e chato de sempre!!! Hahaha . . .
- Se não parar de rir e não dizer onde esta minha esposa e filha, vou quebrar esse seu fétido rosto! - Palavras de Lothair.
A risada cessou e a moça em tom sério retrucava:
- Quer aquilo que você chama de família?! Prefere aquela bêbada e uma rejeitada do que eu?! . . . Vai ter que achar sozinho então . . .
A garota voltara ao canto e ficara na mesma posição encontrada, o homem em desprezo a ela saiu da casa com a lanterna que achara. Posteriormente a sua saída a residência se pos ao chão, sem meros motivos aparente, a não ser pelo estado em que estava, velha e aos pedaços, um lar que foi abaixo. Lothair possuído pela raiva, agora sem sentimentos se encontrava, nem se quer olhou para trás, seguiu ruas a frente cabisbaixo. Colocando a mão no bolso, retirava o colar que ganhara da filha em seu aniversário, apertava ao peito e depois o beijava, se dirigiu ao alto de sua mente dizendo:
- Estou indo te buscar . . .
Belle acordou estirada ao solo de uma loja, o som de uma caixinha de musica era o mais belo que ecoava, pisca-piscas iluminavam o local, brinquedos e mais brinquedos por lá havia. Impressionada com tal grandeza da loja, caminhava vagarosamente tocando as prateleiras repletas de pó e teias, os olhos da menina brilhavam, como se fosse um sonho, imaginava ser dona do aposento, fazia tudo que pudera sem reclamações, abraçava os ursinhos mais fofos com toda força, pulava e brincava, até que . . .
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