Incidente ( Parte VI )
. . . Marry tenta ajudar, mas ao ver da janela o corpo estirado ao chão grita e chora de desespero, escorre as costas sobre a parede, se senta na cadeira em frente a escrivaninha, levando as mãos aos olhos, enxugando as lágrimas, soluçava de tão intensa dor. Em meio ao escritório que encontrara, avistou um papel sobre a mesa, onde estava escrito:
"Segunda gaveta a esquerda e no armário depois do sexto livro, por favor guardar com máxima segurança".
Puxou a gaveta mencionada, mas ela se encontrava trancada, usou a chave que pegara, destrancando a gaveta. Papéis e documentos estavam lá, assim como um brilhante canivete que guardara, todas as folhas exceto uma estavam rabiscadas ou em branco e aquela exceção era a ficha de Belle quando nascera, dobrou-a e colocou em cima da mesa. Foi até o armário de livros, puxando o 7º livro recem mencionado, abriu-o e encontrou suas fichas que relatava o estado no dia em que pariu sua filha.
O estranho velho então aparecera novamente, colocando a mão sobre o ombro da moça e disse:
- . . .E então Fleur Marry, ainda não esta completo, não é? Seu marido te deixou? Ele não sabe do resto da história, sabe?
Lothair andava ruas e avenidas, mas nada de achar sua família, até que passou por um estranho e muito escuro beco, um barulho nas latas de lixo chamou-o atenção. Fora verificar, tirou a tampa da lata e viu um monte de ratos se debatendo para sair da confusão, o lixo caíra, saindo todos os roedores de dentro. O homem levantou a lata e no fundo do recipiente avistara um papel com o endereço " Av. Monteny nº324".
Lothair lembrara que essa avenida era da escola de sua filha, mas era muito distante em suas lembranças, colocou o papel no bolso e seguiu estrada a frente. Depois de pouca caminhada viu uma placa com o mesmo nome escrito no papel e mais distante se encontrava a grande escola de que lembrara, chegou no portão e pulou sobre ele, pois estava fechado com correntes e cadeados. A escola estava totalmente destruída e pichada por vândalos, lia-se bem grande pintado em letras pretas " Não Entre", não dado muita atenção o rapaz vasculhou e adentrou pela porta de recepção. Varias cadeiras empilhadas ao canto bloqueava o portão de ferro que dava seguimento a um corredor finalizado para o pátio, coberto e praticamente isolado, todas as salas eram ligadas a ele.
Lothair tirou cadeira por cadeira frente ao portão, cada vez mais esgotado, tirava e jogava os objetos com mais força e raiva, tão afobação levou-o a se cortar com o ferro quebrado de uma das grades na entrada. Ao final do obstáculo, abriu o portão, seguindo pelo corredor, que era iluminado pela lanterna anteriormente encontrada, desenhos de mãos de crianças tomava conta da pintura nas paredes ao lado, ficando cada vez menos intenso os desenhos. Chegara ao final do corredor, onde começou a se sentir mal e estranho, retirou as pílulas do bolso. Apressado, perdeu o recipiente com os remédios que caíra em um buraco no chão, onde parecia não ter mais fundo, nem com a iluminação da lanterna que falhara novamente. Seguiu até o pátio, andando com muita fraqueza, percebendo ao chegar que se encontrava em um rio razo de sangue, a ponto de cobrir seus sapatos, sentiu um arrepio e então olhou o cenário atenciosamente e avistou . . .
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