Lembranças (Parte XII)
. . . Derrubou a menina com seu peso. Desesperadamente a menina tirou o corpo de cima dela e viu que a faca que segurava agora se encontrava cravada ao peito de Shame. Belle viu a comida sobre a mesa e sentiu uma forte náusea com relação ao que a moça havia dito, colocou a mão sobre a boca e brevemente deixou o local levando o filhote.
Fleur Marry desperta de seu desmaio. Sua vista ainda não é muito lúcida, tenta se recuperar e logo volta a andar. Não muito distante avista um centro de comércio, o único da cidade, praticamente destruído. A falta de interesse de viver e não mais seguir em frente ilude a moça em imensa escuridão. Sua forma fútil de pensar leva Marry a querer desistir, se suicidando, mas o pouco que resta de suas energias prometera que iria rever sua familia.
Marry adentra a uma loja de grande tamanho, roupas, calçados, bolsas e muitos acessórios se encontravam por lá.
Fleur se sentiu renovada e começou a experimentar tudo o que achava, trocou e destrocou muitas vezes, os espelhos quebrados não a incomodavam. Amarrou um laço no pulso de tom vermelho intenso, a unica coisa que lhe chamou muita a atenção, pela semelhança do primeiro laço que deu a sua filha, Marry sentou em meio as roupas, colocou o baú sobre suas pernas, as caixas de som do local começaram a ruir, a voz de Belle, Lothair e de Fleur tomavam conta do lugar. A televisão sobre o balcão da loja ligou, a cabeça da moça virou para ver as imagens que passavam na tv, um vídeo semelhante ao seu olhar era reproduzido naquele instante. Sua filha brincava com seu marido em meio a sala, ela assistia os dois se divertindo enrolando no tapete da sala. A familia estava mais jovem e Marry recordava que essas ações foram registradas de uma câmera que usara e guardara em uma fita VHS, a mulher soluçava de tantas lágrimas que queriam sair juntas, mas o aperto era grande em seu peito e cada gota que escorria de seus olhos eram como espinhos que rasgavam sua alma. Ela sutilmente levou a mão sobre a tela e mal conseguia se expressar, mas disse em voz trêmula e muito frágil:
- Por que Lothair? . . . Por que? . . .
Crossy e Lothair conseguiram, depois de muito tempo se passar, achar o comentado hospital. Adentrando ao imenso local, passaram pela recepção e . . .
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