O guardião (Parte XVI)
. . . Viu um homem em meio a desordem das gavetas e dos dinheiros jogados ao chão, vestia uma calça preta, um sapato social e uma camisa que fora rasgada aos lados por arcos metálicos que perfuravam seu corpo, presos aos nove pares das costelas, partindo da primeira. Algo a mais chamava a atenção de Lothair, a cabeça não estéticamente raspada, os olhos sem as pálpebras e o crachá com o nome Dallas. O homem a frente disse ao avista-los:
-Olá! Por que estão aqui?
- Cara, não queria estar no seu lugar. -Crossy em tom sarcástico.
-E nem eu no seu! -Retrucou Dallas.
-Eu não sei o que tem aqui, mas deve ser de extrema importância . . . -Dizia Lothair com o objetivo de explicar-se.
- Existem dezoito gavetas aqui que estão presas a mim. Pra levar algo vai ter que me matar.
-Sem problema! Pra mim você é indiferente! -Crossy puxou a terceira gaveta a sua esquerda com toda a força, arrancando a terceira costela esquerda do rapaz.
Dallas gritava por sentir imensa dor, pressionava os dentes e tentava controlar a respiração, não conseguia fechar os olhos pelo fato de ter as pálpebras arrancadas, ao canto dos mesmos escorriam lágrimas. Dallas pressionou o ferimento com a mão, deu um singelo sorriso e quietou-se após Lothair puxar o braço de Crossy, discutindo em tom alto:
-O que você fez?! Não tinha necessidade. A gente só precisa de uma gaveta com o numero 810.
-Ele não ia deixar mesmo! E se você prestar atenção não tem numeração nas gavetas. -Crossy argumentava seriamente.
-. . . Eu não reparei, mas é uma questão de conversar e não matar.
-Dane-se!
-Hahahaha . . . Parecem duas garotinhas brigando . . . Vocês são patéticos! -Dallas interrompendo e rindo de forma superior.
-E pra mim você é insignificante. -Crossy retrucou as palavras de Dallas.
Crossy se dirigiu em frente ao rapaz, olhando em seus olhos fixamente e continuou:
-Essas foram suas ultimas palavras?
-E esse é meu ultimo ato. -Dizia Dallas cuspindo sobre o rosto de Crossy.
Lothair virou de costas para os dois, fechou os olhos abaixou a cabeça e então . . .
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